segunda-feira, 27 de junho de 2011

Despertadores - (Roberto Shinyashiki)



 Na Índia, os mestres sempre dizem: os problemas são despertadores que tentam acordar as pessoas para a vida.
Aproveite para acordar logo, antes que o próximo despertador faça mais barulho.

Pense nisso:
O que essa dificuldade está querendo mostrar a você?
Problemas são avisos que a vida nos envia para corrigir algo que não estamos fazendo bem.
Problemas e doenças são sinais de emergência para que possamos transformar nossas vidas.
Aliás, problemas e doenças guardam muita semelhança entre si.
Infelizmente, a maioria das pessoas, quando fica doente, cai num lamentável estado de prostração ou simplesmente toma remédio para tratar os sintomas em vez de fazer uma pausa para refletir sobre os avisos que essa doença está enviando.
São poucos os que se perguntam: "Por que meu organismo ficou enfraquecido e permitiu que a doença o atacasse”?
"Uma doença é sempre um aviso, embora muita gente não preste atenção nele”.
Assim como os problemas, os sintomas vão piorando na tentativa de fazer com que você entenda o recado.
No começo pode ser uma leve dor de cabeça um recado para que você pare e analise o que está faltando em sua vida.
Mas você não tem tempo, toma um analgésico e nem percebe direito que a dor está aumentando. Então a dor piora, mas você vai à acupuntura para aliviá-la e não presta atenção quando o médico diz que o tratamento é paliativo e que você precisa mudar seu estilo de vida para eliminar as causas da doença.
As doenças são recados que precisamos levar a sério, principalmente as doenças que se repetem.
Dores de cabeça, alergias de pele, má digestão, todos esses distúrbios querem nos mostrar algo. Saber procurar e achar as causas deles é uma atitude muito sábia.
Nossos inimigos, da mesma forma que os problemas e as doenças, são gritos de alerta para cuidarmos de algo que não está certo em nossa vida. Quando os ouvimos com atenção, nossos inimigos podem se transformar em maravilhosas alavancas de crescimento pessoal.
Assim como as doenças e os inimigos, os problemas nos enviam avisos que precisamos aprender a decodificar. Se você tem um problema que está se repetindo em sua vida, é chegada a hora de fazer uma análise do seu significado para poder superá-lo.
E tenha muito claro que, no momento em que supera um problema que o acompanha por algum tempo, uma nova pessoa nasce dentro de você.

Do Mesmerismo ao Reiki e Práticas Semelhantes: Reiki no Ocidente


"... Todos esses movimentos (dedicados às"curas" ditas metafísicas) não representam mais do que diferentes fases do exercício de poderes crescentes - mas ainda não compreendidos e, assim, com demasiada freqüência usados ignorantemente. Compreenda-se, de uma vez por todas, que não há nada de 'espiritual' ou 'divino' nessas manifestações. As curas por eles efetuadas são devidas, simplesmente, ao exercício inconsciente de poderes ocultos nos Planos inferiores da natureza - usualmente do Prana ou das correntes vitais. As conflituantes teorias sustentadas por essas escolas estão baseadas em conceitos metafísicos mal compreendidos ou mal aplicados, frequentemente em lógicas falaciosas grotescamente absurdas.(...) Este é um dos maiores perigos do novo ciclo, agravado enormemente pela pressão competitiva e pela luta pela existência..."
Helena P. Blavatsky, 1890 (in Collected Writings, Vol. XII, pág.155)

Mesmer...
Em 1770, um médico vienense, de nome Franz Anton Mesmer, suspeitando da importância e da influência do magnetismo terrestre na funcionalidade biológica dos seres vivos, empreendeu progressivas experimentações visando confirmar a sua tese.
Ia mais longe, ainda, nas suas cogitações: considerava que todos os organismos vivos manifestavam, correspondentemente, propriedades de magnetismo análogas ou afins às da Mãe Terra.
De fato - pensava ele - todos os corpos dos seres animados, tanto quanto os dos seres comummente (e de modo não rigoroso) chamados "inanimados" (o reino mineral) são constituídos de substância responsiva ao magnetismo terrestre e, até, em muitos casos que se constatara, às suas leis da orientação magnética universal. Essa premissa abria-lhe campos inexplorados e promissores no tocante à restauração de equilíbrios em organismos afetados pela doença.
E pensava: neste imenso Cosmos, com todas as suas inteligentes leis, tudo se alinha com tudo, e tudo está interdependente de tudo. Na verdade, a Terra está alinhada com a polaridade Norte-Sul do Sistema Solar e, este, com outras Unidades Coletivas maiores ainda… neste gigantesco Complexo Sideral (além de médico, ele era um vivo amante da Astronomia e da Astrologia).

Assim, inclinava-se, igualmente, para a conclusão de que o fluido que influenciava as pessoas (e, designadamente, o seu estado de saúde) proveniente das Estrelas e Planetas era da mesma natureza eletromagnética que reconhecia emanando dos magnetos e de todos os organismos vivos terrestres. Havia-se constatado que:
A Terra se comportava como um portentoso íman, sendo que os pólos (demonstradamente) consubstanciavam e fluíam eletricidade bipolar: o Norte, de polaridade positiva; o Sul, de eletricidade negativa. Por outro lado, essa característica e essas propriedades eram transferidas e repercutidas (ad infinitum) em algumas substâncias naturais precisamente denominadas ímans: seccionadas indefinidamente, conservavam as mesmas virtualidades em matéria de equilíbrios eletromagnéticos e de orientação bipolar.
(E refletia ele) As inumeráveis jazidas de diferentes minérios existentes no subsolo da Terra configuravam sistemas "inteligentes" de distribuição e equilíbrio dessas mesmas energias eletromagnéticas, funcionando como feixes nervosos (e os chamados "meridianos" da cultura médica chinesa - acrescentamos nós), condutores das correntes vitais (o equivalente aos sistemas circulatórios sanguíneo e linfático nos animais, e à seiva no reino vegetal).
Tendo-se evidenciado, designadamente, que diversos minerais e outras substâncias (o ferro, a magnetita, o âmbar…) eram possuidores dessas propriedades de magnetismo e que, inclusive, os próprios seres humanos (e não só) tinham na sua constituição biológica ferro e outros numerosos metais em diferentes proporções1, ele cogitou que bem poderia ser que igualmente eles constituíssem canais condutores de eletricidade e magnetismo (energia vital).
Daí, tendeu, fortemente, para a probabilidade de que a doença - o desequilíbrio funcional biológico - fosse o resultado direto de uma "despolarização" ou "descompensação" dessa energia, do que decorreria a deficiência no desempenho de diversos órgãos e - inclusive, e em cadeia - dos sistemas orgânicos funcionais a eles afetos ou subordinados.
Ponderando que um afluxo energético poderia, por diversas contingências, ficar bloqueado e "estagnado" ou, pelo contrário, deficitário numa dada região corporal, deduziu que o restabelecimento desses equilíbrios determinaria a recuperação do estado de saúde dos indivíduos. Procedeu, então, a uma curiosa experiência:
 
 As suas experiências e a sua importância
Preparou uma tina de madeira, imantada, cujo fundo cobrira de vidro e limalha de ferro. Submeteu, depois, vários pacientes voluntários à emersão na referida tina, assim perspectivando avaliar se, de fato, os pacientes lograriam retirar a energia que lhes faltava dessa exposição aos eflúvios magnéticos. O resultado, assombroso, foi que um considerável número de pacientes se recuperou ou melhorou significativamente de seus males. A par desta investigação, empreendeu muitas outras com varas magnetizadas.
Mais tarde, Mesmer incidiu as suas pesquisas particularmente sobre o magnetismo humano. Começou a efetuar experimentações com a aposição de mãos, induzindo mentalmente o fluxo magnético (a energia do que chamou "magnetismo animal") a passar para os seus pacientes, especificamente para as zonas afetadas (não esqueçamos, que, em todos os condutores energéticos, a energia tende a fluir e a sair pelas pontas…).
Os seres vivos "metabolizam essa energia radical" da Mãe Terra nas suas componentes relativas aos chamados Planos da Forma (Mental inferior; Emocional; Astral, mais tarde chamado Etérico; Físico Químico). Especializam-na e colorem-na com o índice vibratório inerente ao seu próprio psiquismo (note-se que o termo psiquismo se aplica precisamente aos níveis Kama-manásicos e Astrais-Etéricos). De modo que, ao irradiar essas energias (pelas pontas dos dedos ou, meramente, pela intenção direcionada - mental ou com o auxílio do veículo do "olhar"), o homem faz transportar o seu próprio caráter, podendo este ser: a) de inferior (baixo) nível vibratório (correndo-se o risco de degradar mais ainda o foco da afetação do paciente), b) um caráter de nível vibratório relativamente equivalente (e que, portanto, não acrescenta inconveniente neste particular âmbito), c) ou uma emanação de natureza mais refinada e benéfica. Neste aspecto global, a energia proveniente de um íman mineral afigura-se mais inócuo, porque neutro, relativamente ao nosso próprio índice ou nível de consciência.
Em todos os casos, porém, tal ação terapêutica é e será sempre pontual, superficial e passageira - sendo satisfatoriamente apropriada para o reforço energético numa baixa temporária de energia anímico-psíquica, para uma baixa de tensão, para um acidente (ligeiro) hipoglicémico, para uma enxaqueca… Não nos iludamos, pois, nem caiamos na maior inconseqüência e puerilidade pressupondo que este meio de sanação poderá erradicar problemas de fundo - problemas esses que apenas se resolvem com um trabalho conscientemente direcionado de reorientação de pensamento e de reordenação de costumes e atitudes (portanto, de uma autorregeneração ou "alquimia" interior).
Nas doenças já instaladas, será, eventualmente, uma útil complementação de outras terapias mais efetivas e determinadas. Por exemplo, uma tal panacéia externa e, evidentemente, impermanente, não resolverá de raiz o sugadouro ininterrupto, incessante, em termos energéticos, que ocorre quando uma pessoa está sujeita a um contínuo desgaste emocional (stress, aflição, medos, desgostos, preocupações, tensões, carências de vária ordem, etc.).
Na sua época, Mesmer foi muito criticado por diversos setores da comunidade científica que se recusavam a admitir que os seres vivos fossem detentores desse "fluido" eletromagnético. Contudo, no Ocidente, ele foi o precursor do estabelecimento - depois considerado "científico" - das correntes elétricas biológicas que estiveram na base de numerosos estudos posteriores no âmbito da Psicologia/Psiquiatria, da eletrofisiologia aplicada às diagnoses.
Em Cardiologia (através de eletrocardiogramas) e nas Encefalopatias (através de eletroencefalogramas) e, mesmo, de todo o manancial presente e disponível no campo alargado das Ecografias, Ressonâncias magnéticas, etc.

Kardecismo e outras correntes
Retornando, simplesmente, à atuação por simples irradiação volitiva de (a partir de) um ser humano, quase um século depois da polemica de Mesmer, o Movimento Espiritista de Allan Kardec, ramificado em numerosos países, encetou uma prática em muito semelhante à do Mesmerismo.
Presumindo que a causa de numerosas afecções se poderia dever à "desvitalização" provocada por "espíritos desencarnados" que se apropriariam do ectoplasma (a que também chamavam perispírito) dos vampirizados, levaram à prática a reposição dessa energia vital por meio, justamente, da imposição de mãos. Ainda hoje essa medida (a que vulgarmente chamam "fazer passes…"), em concomitância com a da imantação fluídica da água para beber (e com o objetivo, conjunto, de "limpeza psíquica") é comum nos muitos Centros Espíritas disseminados por vários países. Contemporaneamente, uma outra personalidade carismática, Riechenbach, propugnava idênticas práticas e, a essa energia, chamou "ódica".

Entretanto…
Nas últimas décadas do século recém-concluído, outros Movimentos, de procedência oriental - mais propriamente oriundos do Japão -, proliferaram na América e Europa, nomeadamente em Portugal, difundindo esses mesmos meios terapêuticos de irradiação através das mãos.
Ainda outras organizações se especializaram em diversificadas (se bem que semelhantes na essência) metodologias de sanação com recurso a ímans metálicos (apostos de determinada maneira, quase sempre de um e outro lado da região corporal afetada) visando a expulsão de humores negativos causadores de disfunções ou doenças.
Entretanto - e por fim -, diversa literatura pretensamente inovadora (regra geral, sensacionalista) veio implantar o "boom" e fazer crer e circular que o Reiki é uma maravilha recente - mitificando essa prática de todas as formas passíveis de ser empoladas e exploradas. Sustenta-se que é "uma passagem de energia divina" ou "energia universal", definidamente "espiritualizante" - e esotérica (a palavra "mágica" dos nossos dias, infelizmente quase sempre desprovida do correto sentido original).
Sem dúvida que tudo neste mundo é "divino"; assim, toda a energia que se nos infunde e por nós circula é, necessariamente, "divina". Nesse sentido, tudo é um "dom de Deus", mas, nem por isso, vamos dizer que um médico - por se dedicar a curar - é um grande espiritualista exercendo o seu "sacerdócio"… É, pois, abusivo e leviano confundir as coisas e faze-las sair do seu próprio, restrito e legítimo patamar - mesmo que, na sua área (a da sanação), pudessem ser as mais úteis e eficazes.
Hoje em dia - e por tudo e por nada - se puxa pelos pretensos "galões" e "credenciais" que, supostamente, atestam o "alto grau de espiritualidade atingido", e diz-se, ufanamente: "… tenho a 1ª ou tenho a 2ª iniciação do Reiki…" ou "… sou Reikiano/a - (e, com isto, digo tudo…)". Deveras, se atingem foros de alienação coletiva, e se imiscui o verdadeiramente sagrado e digno de ser reverenciado com uma propalada mas vulgar, ainda que relativamente útil ou eficaz, terapia. E mais uma vez, em círculos pretendidamente esotéricos, uma "moda" ou um entretenimento de secundária ou terciária importância real (tal como um rebuçado ou um brinquedo que cativa um bebé) desviam do essencial - no incontornavelmente laborioso e lúcido Caminho Evolutivo que é suposto desejarem percorrer. A tal ponto se chegou, que muitos só a custo ousam confessar que, afinal, até se sentiram mal com essas práticas (tantas vezes, pagas com rios de dinheiro…).
Em todas as épocas, existem e atuam "Forças retrógradas" interessadas em "entreter" e "aquietar" - em suma -, em "aprisionar" a humanidade ainda imatura, precisamente com a puerilidade que ainda lhe é atrativa e afim.
Nada mais fácil do que aproveitar um ensejo ou uma plataforma de aparências inócuas e, até, benfazejas (em princípio, inatacáveis e insuspeitas), escudar-se nelas e mascarar os verdadeiros objetivos embrulhando-os com vistosos invólucros, sugerindo "miríficas" e "beatíficas" realidades…
Posto isto, longe de afrontar o (hoje chamado) Reiki como terapia (domínio onde conhecemos bons amigos e pessoas de sã intenção), o que nos move é a demarcação das suas fronteiras, esclarecendo e desvanecendo a generalizada presunção de que "constitui uma Ciência Espiritual e Espiritua-lizante", ou de que "é um dos Ramos Nobres das Ciências ditas Esotéricas". 
Assim, devemos clarificar as questões mais empolgantes que se têm gerado em torno dessa prática: não alinha os chakras e, muito menos, conduz à sua abertura (o que, aliás, seria desastroso); não alinha todos os sete corpos (!!!) nem limpa todas as respectivas auras; a energia aludida não radica no chakra cardíaco nem é por ele impulsionada; não promove o "milagre" da Evolução Espiritual individual e/ou coletiva; não opera a conexão com o "Eu Superior"; não é veículo de bênçãos de Seres Superiores; não confere nenhum estatuto espiritual particular a quem o pratique.
Pode, contudo (e eventualmente), constituir um expediente (ou suporte) para ajudar a focalizar diversas intenções benéficas e de progresso, do mesmo modo que outros instrumentos operam como pontos de apoio visando os mesmos objetivos - nomeadamente, as mandalas, os terços (ou rosários), as velas, o incenso, mesmo os mantras e orações. Esclareça-se, no entanto, que a verdadeira meditação (em si) é uma coisa totalmente distinta.
Em suma, na Ascensão Espiritual, unicamente a determinação num auto-aprimoramento (que capacite o indivíduo a ser um Servidor) é condição para a Evolução. Tal empreendimento é completamente independente de quaisquer práticas reikianas. Quanto a estas, fiquemo-nos, pois, pelos seus domínios naturais, singelos, e legítimos - (eventualmente) afins com o Shiatsu, o Do-in, a Reflexologia e outras práticas dignas e valorosas nas suas respectivas áreas e competências. E tudo estará certo e nada violará os preceitos da correção, da verdade e da ética…

O Reiki como Culto
Em Esoterismo, o estudo empenhado, e em constância, é absolutamente indispensável. Constitui-se na habilitação progressiva à penetração nos Mistérios e Leis da Natureza.
Facilita e promove a identificação e a comunicabilidade do homem (o Microcosmo) com o Macrocosmo - abrindo portas para uma plena (e) fusão da Vida, no sentido superior da expressão. De molde que, de forma alguma, nos podemos preencher e, tão-pouco, mitigar a "sede" de cumprir, limitando-nos a exercer alguma "generosidade" ao empreender curas provisórias e que mais esforço não exigem de nós do que a permuta, tantas vezes (quase infantilmente) teatralizada, de (perdoem a expressão) "doces e acariciadoras cumplicidades estereotipadas", em ambientes pseudo-espiritualistas a que não faltam requisitos de "perfumes", "velas", "cristais", e outros aparatos suficientemente sensibilizantes…
Depois… depois, vai-se para casa, e a rotina continua intacta, e o mundo continua igual - sem nem mais um acrescento à sua condição substancial e inalteravelmente indefesa; porque, na verdade, a ignorância é o maior dos males, e a acomodação e a inércia, com todos os expedientes que se criam para justificá-los e para nos convencermos de que já somos suficientemente "úteis" e "grandes", é o seu maior propulsor.
Quando estas práticas se tornam um "culto" (como, infelizmente, hoje em dia esse fenômeno é proliferante!), o risco de se "engordar o egocentrismo" é demasiado grande: com efeito, a permuta de "afagos na aura", para cá e para lá, pretensamente legitimados e cunhados com a marca de "espiritualidade" e promotores de "orgulhos e vaidades mascarados", bom resultado real não podem trazer…
É certo que "descomprimem", relaxam e podem produzir bem-estar. E dirão: que mal tem isso? De novo esclarecemos que apenas é incorreto e, mesmo, um logro, se com isso se pretender presumir ou evidenciar a detenção de uma "alta cotação espiritual ou evolutiva" - e que é o que maioritariamente se passa nesses ambientes.

Uma linha-de-menor-resistência...
O perigo é que os ditames e o pensamento da "egrégora" inadvertidamente gerada pelo coletivo (dos cultores ou fiéis) acaba por se substituir ao pensamento individual (que se pretende livre).
Neste tipo de Movimentos, que surgem (que vão e vêm no tempo e no espaço) por ondas, o perigo de alienação, de fato, instala-se.
Dizemos isto com propriedade: conhecemos suficientemente a realidade de dezenas de países através de uma volumosa correspondência que recebemos diariamente (uma vez que o Centro Lusitano de Unificação Cultural tem livros publicados em diversas línguas, que circulam em muitas dezenas de países de 4 Continentes, e que, desses, tem delegações em 26). Por essas cartas (e não só), apercebemo-nos a que foros de alienação chegaram muitas e (já) muito diversificadas organizações que têm o Reiki como o seu supremo pólo de cultura e atuação, arrastando consigo, frequentemente, pessoas bem intencionadas e em busca de poderem ser verdadeiramente úteis.  Isabel Nunes Governo - Vice-Presidente do Centro Lusitano de Unificação Cultural
1 Sabe-se hoje que nos tecidos vivos são os íons inorgânicos que transportam a corrente elétrica. Por exemplo, constatou-se, cientificamente, que ocorre uma transferência da dita corrente partindo de uma zona corporal lesionada para outra sã. Assim, cada traumatismo muscular, cada batimento cardíaco ou cada fenômeno de secreção glandular determinam ou estão associados a mudanças de estado elétrico. As zonas, tecidos ou órgãos afetados (excitados) assumem, então, uma polaridade negativa em relação às zonas ilesas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sabedoria Búdica

Certa vez – contava-se – uma mulher jovem e bela viu adoecer e definhar seu filhinho. Quando a vida abandonou o corpo da criança, a mãe enlouqueceu de pesar. Apertando ao peito o filho morto, saiu de casa em casa, pedindo um remédio que lhe restituísse a vida. Por fim, chegou à morada de um monge. Este, apiedado, murmurou consigo mesmo: “Ela não compreende”. E, em voz alta: “Minha pobre filha, eu não tenho o remédio que pedes; mas sei de alguém que o tem”.

“Dize-me quem é!” implorou a mãe.

“É o Buda. A ele é que deves dirigir-te.”

Ansiosamente ela foi em busca de Gautama. E o “Iluminado” declarou: “Sim, conheço o remédio eficaz. É a semente da mostarda.” Mas, quando já a mulher se regozijava com a indicação de remédio tão comum, o profeta continuou: “Tens de obtê-la em alguma casa onde nunca haja morrido nenhum filho, marido, pai ou escravo.”

A jovem mãe partiu em procura do remédio. Aonde quer que fosse, as pessoas se mostravam solícitas em dar-lhe a desejada semente. Mas a mulher perguntava: “Esta casa nunca foi atingida pela morte de nenhum filho, marido, pai ou escravo?” E respondiam-lhe tristemente: “Tal casa não existe em parte alguma. Os mortos são muitos, os vivos, poucos.”
Então, mergulhada em profunda cisma, ela se encaminhou a uma floresta e lá enterrou a criança. Quando tornou para junto de Gautama, este perguntou: “Encontraste a semente da mostarda?” E a mulher respondeu: “Não, meu mestre, mas encontrei a cura. Sepultei a minha dor na floresta. E agora estou pronta para seguir-te em paz.”

Fonte: Henry Thomas e Dana Lee Thomas. Vidas de Grandes Capitães da Fé. RJ: Editora Globo, 1948, p. 42-43.