terça-feira, 25 de agosto de 2015

PREFERÊNCIA ALIMENTAR

25/08/2015 - Terça feira 

Diga o que você come para saber como prefere que as coisas aconteçam.
Na mesa de um restaurante havia um casal escolhendo os pratos para o jantar. O garçom se aproxima para tirar o pedido e começa a indagar o casal: Optaram por macarrão ou pizza? Com vegetais ou carne? Vão querer molho picante? Uma salada de entrada? Na sobremesa, doce ou frutas?
Os pedidos dos pratos são mais do que mera preferência de acordo com o apetite do momento; eles revelam muito sobre o estilo da pessoa no que diz respeito à maneira como ela prefere se deparar com os eventos exteriores.
Convide alguém para uma refeição e olhe para o prato que a pessoa faz. De acordo com o que tem dentro é possível saber como se dirigir a ela. Basta reproduzir o perfil dos alimentos que estão no prato e se comportar de maneira semelhante. O que ela põe no prato equivale à maneira como ela espera que as coisas aconteçam ou que os outros se comprometam com ela também. A disposição para ingerir um alimento é a mesma para acatar um acontecimento ou aderir a um conceito.
A relação entre os alimentos e as preferências das pessoas por certos comportamentos ou a predileção com acontecimentos consistem no fato de que, além dos nutrientes dos alimentos, do sabor e da textura que aguçam o paladar, eles possuem uma relação emocional, que revela os traços da maneira preferida de lidar com os eventos exteriores. Aquilo que a pessoa come revela algumas características quanto a maneira de adesão do que se passa ao redor.
Você tem fome de quê? Quando a pessoa come muito um determinado alimento é porque os acontecimentos daquela natureza estão escassos no cotidiano. Exageros são movimentos compensatórios. A comida se torna um meio de preencher um vazio causado por certas ausências. O alimento ingerido excessivamente relaciona-se aos eventos escassos no dia a dia.
Detesto aquele prato, não me venha com isso para comer que eu prefiro passar fome! Quando a pessoa não suporta um determinado alimento é que as ocorrências daquela ordem não são nada agradáveis.
Conheça agora algumas relações entre as preferencias por certos alimentos e as características da personalidade correlacionada.
Quem gosta de massa (macarrão, pizza etc) prefere a companhia das pessoas queridas, mas sem exageros. Gosta de receber visitas, mas que não seja explorada por elas ou que elas demorem para partir. Pode-se dizer que mais do que algumas horas na sua companhia ou poucos dias com elas já são suficientes. Mais que isso se torna incômodo.
Alimentos naturais, saudáveis e orgânicos são preferidos pelas pessoas que gostam de saber dos acontecimentos como eles são de fato, sem rodeios na conversa, tampouco nada saberem algo pela metade. Gostam que falem sobre o assunto em questão e não escondam nada. Também não suportam falsidade ou algum maldoso do seu lado. Obviamente ninguém gosta da maldade tão perto, no entanto quem prefere esse tipo de alimento, menos ainda. Por fim não são adeptas de palavrões nas conversas ou dramalhões sobre os acontecimentos.
Gostar de hortaliças representa uma necessidade de conhecer o suficiente acerca dos fatos; não precisa ir muito a fundo em tudo, basta ter conhecimento do que se passa.
Já as preferências por sementes (grãos), castanhas e pelos produtos macrobióticos revelam característica de pessoas que gostam de ir a fundo nas ocorrências do meio. Não se limitam a serem informados, anseiam fazer as grandes descobertas.
Frutas e legumes representam predileções por eventos educativos e contatos que acrescentam informações, tais como ter amigos que contribuem para o seu aprimoramento, cuja conversa seja instrutiva. Nada de assuntos banais, gosta de trocar conhecimentos.
As carnes são preferidas pelas pessoas que apresentam uma espécie de voracidade para participar dos acontecimentos. Elas gostam de se envolver com as situações que se desenrolam ao redor, por mais complicadas que sejam. Elas pensam da seguinte forma: se os fatos estão complicados, uma hora precisam serem resolvidos. Por que não neste momento? Gostam de acompanhar de perto o desfecho dos eventos difíceis, ainda que os níveis de estresse e a adrenalina aumentem. Preferem estar junto dessas ocorrências em vez de se omitirem.
Produtos picantes, condimentados e apimentados representam a preferência por viver intensamente; encarar os desafios, se lançar nas aventuras, tais como os fatos inusitados, certas aventuras e até correr algum risco. São adeptos de situações que demandam elevados níveis de adrenalina.
Conservas. A predileção por esses tipos de alimento revela característica de pessoas conservadoras que gostam das coisas de acordo com suas origens; nada de muitas variedades ou inovações, preferem eventos que condizentes com os tradicionais, que preservam as suas raízes, o passado e a cultura.
Peixes e frutos do mar representam característica de pessoas que buscam a verdade maior e a conexão com a espiritualidade. Gostam de estabelecer profundos laços de amizade, são companheiras e leais para com aqueles que as conquistam.
Doces relacionam-se ao afeto, carinho e docilidade. A predileção por doces é praticamente geral na população, analogamente quem não gosta de ser tratado com ternura. Tudo fica mais fácil para ser assimilado e aceito quando apresentado de maneira afável. Por isso a predileção por diferentes tipos de doces é tão comum na população em geral.
No tocante aos salgados, eles representam a disposição das pessoas de participarem ativamente das ocorrências exteriores. Elas gostam de estarem juntas dos acontecimentos, de serem convocadas a acompanharem o desenrolar dos eventos e também de fazerem parte das decisões tomadas pelos grupos. O fato de se sentirem incluídas, aceitas e participativas é suficiente para manter a dose de ingestão de sal na comida, adequada ao tempero para manter o sabor dos alimentos.


Valcapelli é coautor da série Metafísica da Saúde. Em breve o lançamento do vol. 5 abordando os temas Articular e ósseo.