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Quanto maior a quantidade de cacau, maior o benefício à saúde
Quem responde pelos benefícios da guloseima são os flavonoides, poderosos antioxidantes presentes no cacau que têm uma porção de efeitos positivos sobre o organismo. Com propriedades anti-inflamatórias, eles são capazes, entre outras coisas, de reduzir a pressão sanguínea e de melhorar a resistência à insulina, hormônio que carrega a glicose para dentro das células, o que pode ajudar a prevenir o diabetes tipo 2.
Por isso, quanto maior a quantidade de cacau melhor. Não à toa a grande vedete é o chocolate amargo, lotado do ingrediente. O ideal é consumir as versões com, no mínimo, 70% dele.
Mas atenção: aqui não vale a máxima quanto mais, melhor - 30 gramas por dia bastam para manter a saúde sem pesar na balança. O chocolate é muito calórico - chega a ter 530 calorias em cada 100 gramas. Daí que exagerar na dose leva ao ganho de peso. E, como os quilos extra são a origem de vários males, o tiro sairá pela culatra.
Para manter o coração saudável
O risco de doenças cardiovasculares é menor em quem come chocolate regularmente. O dado é de um estudo publicado pela Universidade de Cambridge, que avaliou mais de cem mil pessoas. O consumo regular foi associado a uma queda de 37% nas doenças cardiovasculares e de 29% nos derrames.
Para controlar a pressão
Basta um pequeno quadradinho por dia para baixar a pressão sanguínea. Um estudo alemão, que monitorou quase 20 mil pessoas ao longo de dez anos, constatou que aqueles que consumiam em média 7,5 gramas do doce por dia tinham pressão mais baixa do que os que comiam menos do que isso. Sabe-se que o chocolate possui uma ação vasodilatadora, que pode explicar esse efeito.
Aparentemente, seus componentes aumentam a disponibilidade de óxido nítrico das células da parede dos vasos - gás que, quando liberado, ajuda na contração muscular deles.
Para equilibrar os níveis de colesterol
Estudos em laboratório sugerem que o chocolate estimula a produção do HDL, o famoso bom colesterol, e reduz a do LDL, mais conhecido como colesterol ruim. O mecanismo ainda é desconhecido, mas suspeita-se de uma ação sobre as proteínas envolvidas na fabricação dessas moléculas. O cacau também impede a oxidação da gordura ruim (LDL), evitando que placas se acumulem nos vasos. O resultado? Menos chance das perigosas obstruções que levam a enfartes e derrames.
Para ficar de bem com a balança
É difícil acreditar, mas esse alimento altamente calórico pode ajudar a emagrecer. O segredo estaria na capacidade de promover saciedade, sugere um estudo da Universidade Real de Copenhagen, na Dinamarca. Novamente, o benefício está associado ao consumo do tipo amargo. Os voluntários que consumiam um pedacinho dessa versão pela manhã ingeriram 15% menos calorias ao longo do dia do que aqueles que preferiam o tipo ao leite.
Especialistas também suspeitam que as substâncias 2-feniletilamina (PEA) e N-aciletanolaminas, presentes no chocolate, reduzem a fome. Elas teriam ação similar à das anfetaminas.
Para domar o estresse
O cacau possui um coquetel de substâncias relacionadas ao bem-estar - além dos carboidratos, substâncias como triptofano, teobromina, feniletilamina, fenilalanina e tirosina melhoram o humor.
Uma pesquisa constatou que indivíduos altamente estressados conseguiram controlar a tensão comendo apenas 40 gramas de chocolate amargo por dia ao longo de duas semanas. Os cientistas observaram que essa quantidade reduz o níveis dos hormônios do estresse e outros marcadores bioquímicos da ansiedade. Novamente, os mecanismos ainda não foram totalmente elucidados.
Para fortalecer as defesas do corpo
Pesquisas sugerem que o cacau aumenta a imunidade, estimulando a produção de linfócitos, um tipo de glóbulo branco que defende o organismo contra vírus e bactérias.
Para se recuperar após o treino
Beber chocolate após uma sessão de atividade física ajuda na recuperação muscular e ajudar a se preparar para o próximo treino. O dado é de uma pesquisa que acompanhou corredores e avaliou proteínas musculares envolvidas na síntese do tecido. Aqueles que ingeriram a bebida tiveram um aumento nos marcadores que sinalizam a presença dessas substâncias, sugerindo que neles a atividade de reconstrução muscular era maior.